A perda de cabelo progressiva na calvície segue um ciclo ao longo dos anos. Os fios vão se tornando cada vez mais finos e curtos até não nascerem mais. Por isso, para poder responder se nunca mais será calvo se fizer o transplante capilar, precisamos considerar alguns pontos.
Devemos ter em mente que a perda de cabelo tem relação com o envelhecimento, ou seja, é normal pessoas idosas terem uma quantidade menor de cabelo e fios mais finos.
Na calvície é diferente, uma vez que começa muito cedo, em diversos casos é iniciado na adolescência seguindo uma tendência de se estabilizar aos 40 anos. Porém, até chegar lá, é um tempo considerável que as pessoas convivem com os fios se esvaindo.
Sobre o transplante capilar
O transplante capilar tem como principal objetivo reorganizar os fios que não possuem o gene da calvície nas áreas onde não há mais cabelo. É importante salientar que não ocorre um aumento no número de fios no couro cabeludo, mas sim uma redistribuição deles.
Assim, é de extrema importância realizar o procedimento com profissionais que farão um planejamento de redistribuição adequado ao seu tipo de rosto, cabelo e formato da cabeça.
Esse já é um ponto que favorece no êxito do transplante. Além disso, é imprescindível avaliar se a região doadora está estável, ou seja, não apresente queda capilar e que possua folículos suficientes para a realização da cirurgia.
Os fios transplantados irão cair com cerca de 3 a 4 semanas após o procedimento, porém suas raízes permanecerão no couro cabeludo e seguirão o processo de crescimento normal dos fios.
Como já comentamos acima, não há o aumento de fios no couro cabeludo, mas uma redistribuição para áreas que oferecerão um efeito estético de preenchimento e densidade. Há alguns estudos em andamento sobre doação de fios de terceiros, mas essa não é uma prática que possa ser realizada atualmente.
Os fios que forem transplantados durarão na região implantada o mesmo tempo que durariam em sua região de origem. Portanto, para responder assertivamente à pergunta desse tópico, temos que considerar as variáveis que serão conhecidas durante a consulta.
Uma coisa é fato: o transplante capilar oferece resultados cada vez mais naturais e duradouros, proporcionando ao paciente uma solução que, além de contribuir com a estética, também irá recuperar sua autoestima e lhe trazer mais bem-estar.
Entendendo a perda de cabelo e o fator genético envolvido nesse processo
Outros fatores, além do genético, podem influenciar no processo e evolução da calvície. O meio em que vivemos é um exemplo: estresse, má alimentação, uso de cigarro. Esses são alguns dos motivos que podem afetar e alterar o ciclo normal do cabelo, levar a queda, prejudicar a saúde dos fios e contribuir para a calvície.
A calvície androgenética acomete as pessoas de modo hereditário. Ou seja, é passado de geração para geração e se sabe que os genes da calvície vêm do lado materna. Nessa condição, os fios vão se tornando cada vez mais finos e encurtados até não nascerem mais.
Já a alopecia areata é uma condição autoimune em que o corpo destrói suas próprias células. Pode ocorrer tanto na cabeça, quanto na barba, pernas, sobrancelhas e até mesmo nos cílios. Portanto, não têm uma condição propriamente genética.
A alopecia senil é um tipo de perda de cabelos definido por um afinamento difuso dos fios, mais comum em pessoas acima dos 50 anos de idade e que não têm histórico de calvície na família.
Outra doença onde há perda de cabelos é o Eflúvio Telógeno Crônico. Caracterizado principalmente pelos fios crescerem e logo caírem, não conseguindo alcançar um comprimento maior devido uma mudança no ciclo de crescimento do cabelo. Pode estar associado a quadros clínicos que não foram devidamente tratados, ou ter causa desconhecida. Além disso, junto com o eflúvio, é possível também ter uma condição de calvície associada.
Independentemente do quadro clínico, é fundamental passar por uma consulta dermatológica capilar, onde será feita uma investigação por meio da realização de exames para determinar exatamente do que se trata essa queda capilar e estipular o melhor tratamento e/ou procedimento a ser seguido.
Mas e se não optar pelo transplante, há tratamentos eficientes para a calvície?
Há diversos tratamentos eficientes para o tratamento da calvície, porém, é impossível controlar a natureza! Assim, muitos desses tratamentos devem ser iniciados já aos primeiros sinais e sempre por um dermatologista especializado que irá orientar o melhor caminho a seguir para manter as madeixas no couro cabeludo e saudáveis:
- MMP (Microinfusão de Medicamentos na Pele): é uma das soluções mais procuradas nos consultórios atualmente para controlar a calvície. Consiste na aplicação de soluções diretamente no couro cabeludo por meio de microagulhas, de modo controlado, uniforme e com aparelho específico. O procedimento é indicado para quem possui alopecia androgenética (masculina ou feminina), alopecia senil e eflúvio telógeno crônico. Esse tratamento não cessa a calvície, mas desacelera a perda de cabelo.
- Capacete de LED: A luz vermelha emitida por esse aparelho colabora diretamente com a melhora da irrigação sanguínea do couro cabeludo, auxiliando na nutrição dos fios e saúde dos folículos. É indicado para pessoas com alopecia e enfraquecimento dos fios.
- Tratamentos orais: são prescritos medicamentos que podem ajudar a prevenir a evolução da calvície. Lembrando que, todo remédio deve ser usado desde que seja prescrito por um médico. Não se automedique!
- Shampoo: A lavagem correta do couro cabeludo ajuda na saúde e embelezamento dos fios.
Considerações finais
Segundo levantamento realizado pela Sociedade Internacional de Cirurgia de Restauração Capilar (ISHRS), houve um crescimento pela procura de transplante capilar em todo o mundo. Na última década, esse aumento foi de 76%, e apenas em 2019, cerca de 400 mil procedimentos foram realizados.
Avanços técnicos, evoluções tecnológicas e profissionais cada vez mais especializados, com toda certeza, são alguns dos motivos que podem ter influenciado o aumento dessa procura. Além disso, temos que considerar o crescimento das redes sociais.
Apesar de ser outra discussão, pode-se presumir que com cada vez mais pessoas se expondo nas redes sociais, a aparência nunca esteve tanto em evidência.
Outra questão é que, apesar da calvície ser uma condição muito comum, é associada de modo pejorativo ao envelhecimento. E, com as pessoas vivendo cada vez mais, é natural que queiram aparentar mais juventude.
Não é apenas uma vaidade vazia, o transplante capilar pode ajudar as pessoas a resgatarem sua autoestima, influenciando positivamente no bem-estar do individuo que não se sentia bem com a perda dos cabelos.
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