A calvície é uma condição progressiva em que os folículos capilares vão se tornando cada vez mais finos, até não nascerem mais. Segundo a escala Norwood-Hamilton (NH), criada em 1951 pelo Dr. James Hamilton, há diversos graus de calvície que os pacientes podem apresentar com o passar do tempo.
Conhecer os graus de calvície e, as variáveis que possam estar envolvidas nesse processo, é fundamental para se propor tratamentos e procedimentos que sejam eficientes.
Você sabia que há sete graus de calvície? No texto de hoje vou explicar um pouco mais sobre cada um deles.
GRAU I: QUASE IMPERCEPTÍVEL
Nessa fase se percebe o início da queda dos fios, porém, esteticamente é quase imperceptível. Os fios continuam densos e o cabelo ainda possui aparência volumosa. Não há rarefações no couro cabeludo e, por conta disso, não há necessidade de qualquer intervenção.
Principais Características
- A queda de cabelo que ocorre nessa fase é menos acentuada.
- Medicamentos podem ser eficientes para o controle e tratamento da calvície.
- Não há perda de densidade e volume.
- Não são percebidas falhas no couro cabeludo.
GRAU II: PERDA CAPILAR MAIS ACENTUADA
No GRAU II podemos perceber uma perda mais acentuada dos fios, perceptível principalmente na parte superior da testa, formando as famosas entradas. Já é possível observar a diminuição da densidade dos fios e uma pequena diferença no volume dos cabelos.
Principais características:
- As “entradas” começam a ficar mais aparentes devido ao aumento da queda capilar.
- Volume e densidade dos fios diminuem no couro cabeludo.
- Medicamentos ainda são eficientes para controlar e tratar a queda de cabelo.
- Apesar do avanço da calvície, ela ainda não afeta outras áreas do couro cabeludo, apenas a parte superior da testa.
GRAU III: ENTRADAS MAIS ACENTUADAS
Essa fase apresenta uma queda de cabelo mais intensa e é possível observar, além do aumento das entradas, uma diminuição dos fios em outras áreas do couro cabeludo.
Nesse grau já é possível verificar a necessidade de se realizar transplante capilar para se ter uma progressão do quadro de calvície. O cirurgião dermatologista é o médico habilitado para realizar esta avaliação e elaborar o planejamento de redistribuição dos fios transplantados.
Principais características:
- Perda acentuada dos fios.
- Diminuição da densidade e volume em outras regiões do couro cabeludo.
- Nessa fase é possível se ter a indicação de transplante capilar, porém deve ser corroborado pelo cirurgião dermatologista.
GRAU IV: PERDA CAPILAR NA REGIÃO DA COROA
Na fase IV a queda capilar se intensifica ainda mais, nesse momento as entradas se tornam maiores e a região da coroa (parte superior da cabeça) começa a ter uma perda significativa de fios.
Principais características
- As entradas ficam cada vez mais acentuadas.
- A queda capilar se intensifica.
- Ocorre o início da formação da “coroa” na parte superior da cabeça.
- Também há a indicação de transplante capilar, desde que devidamente avaliado pelo cirurgião dermatologista.
GRAU V: A ENTRADA E A COROA SE JUNTAM
Sabemos que a calvície é uma condição progressiva, ou seja, a perda do cabelo se mantém (e muitas vezes aumenta!) com o passar do tempo. As regiões do couro cabeludo começam a ficar com falhas cada vez maiores e mais aparentes.
O grau V é considerado avançado, mas por haver áreas com folículos capilares suficientes, é possível analisar a possibilidade do transplante capilar.
Principais características:
- Pode ocorrer a junção das áreas da entrada e da coroa no couro cabeludo.
- Menor quantidade de fios aparentes no cabelo.
- O uso de medicamentos para o tratamento e/ou controle da calvície já não são mais adequados, pois não produzem efeitos eficientes para reverter esta condição.
- A indicação de transplante capilar ainda é mantida desde que avalizada pelo médico dermatologista.
GRAU VI: BOA PARTE DO COURO CABELUDO ESTÃO EXPOSTOS
É um grau de calvície extremamente avançado. Os fios que sobram no couro cabeludo estão localizados na região que circunda a base da cabeça (que liga as orelhas). Ainda é possível realizar um transplante capilar com os folículos presentes, desde que se constate que possuam densidade, estejam saudáveis e não tenham o gene da calvície.
Principais características:
- A queda capilar se estabiliza, pois, as regiões afetas pelo gene da calvície já estão defasadas devido a perda progressiva dos fios.
- A região da base do couro cabeludo, que liga uma orelha na outra, é onde permanecem os fios saudáveis.
- O transplante capilar pode não ter um efeito natural de preenchimento devido a pouca quantidade de fios restantes no couro cabeludo.
GRAU VII: APENAS A LATERAL RESISTE
Nessa fase, os fios restantes no couro cabeludo cobrem menos de 20% da cabeça. Assim como na fase VI, mesmo com a possibilidade de realização transplante capilar, talvez os resultados com o procedimento não sejam tão eficientes.
Principais características:
- Menos de 20% do couro cabeludo estão cobertos com fios.
- Há poucos fios para a realização do transplante, que apesar de poder ser realizado, pode não ter um resultado natural e com bom preenchimento.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O enfraquecimento e a queda do cabelo podem estar relacionados com diversos fatores, que são diferentes entre os indivíduos. Estresse, má alimentação e condições genéticas podem contribuir com a perda dos cabelos. Desse modo, quando essa queda fica cada vez mais acentuada, é importante investigar as causas para se obter um diagnóstico correto e assim se optar pelo melhor tratamento.
Na calvície a perda de cabelo ocorre de modo progressivo. Na maior parte dos casos o fator para a perda capilar é genético, mas apenas com a realização de exames e avaliação feita pelo cirurgião dermatologista pode se diagnosticar de modo correto.
Nos graus onde há uma menor perda capilar, é possível controlar a calvície por meio de tratamentos medicamentosos, sendo recomendado o transplante capilar quando a queda dos fios se estabiliza. O médico/cirurgião dermatologista irá orientar sobre o que é melhor, levando em conta a individualidade de cada paciente.
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