Saiba mais sobre a alopecia areata, doença capilar que afetou a influencer Virginia Fonseca e a cantora Maiara, da dupla com Maraísa.
A alopecia areata é uma doença autoimune em que o sistema imunológico ataca os folículos pilosos, resultando na perda de cabelo. A causa exata não é completamente compreendida, mas fatores genéticos parecem desempenhar um papel fundamental, uma vez que a doença muitas vezes ocorre em famílias com histórico de condições autoimunes.
A influência de gatilhos ambientais também é considerada relevante. Afinal, eventos estressantes, infecções virais e mudanças hormonais podem desencadear ou agravar os episódios de alopecia areata.
Os sintomas variam de pessoa para pessoa, mas um traço característico é a perda súbita e irregular de cabelo em áreas específicas do couro cabeludo, do rosto ou do corpo. Em alguns casos, a doença pode progredir para a alopecia total, que envolve a perda completa do cabelo do couro cabeludo, ou mesmo para a alopecia universal, que resulta na perda de cabelo em todo o corpo.
Embora a alopecia areata não seja uma condição dolorosa ou prejudicial à saúde geral, pode ter um impacto emocional significativo, afetando a autoestima e a qualidade de vida das pessoas afetadas.
Quanto ao tratamento da alopecia areata, existem algumas abordagens adotas hoje em dia que ajudam a a frear seus efeitos, porém esta é uma condição que não tem cura. No entanto, o FDA (Food and Drug Administration) aprovou recentemente o uso do Ritlecitinib em bula, ou seja, um medicamento que pode ser prescrito por médicos para o tratamento da alopecia areata nos Estados Unidos. A expectativa é que chegue no Brasil em breve.
Diferente de outras abordagens terapêuticas, o Ritlecitinib traz como principal benefício o fato de ter sido estudado e testado para tratar a alopecia areata, oferecendo mais opções e perspectivas de tratamento aos que já existem hoje.
RITLECITINIB NO TRATAMENTO DA ALOPECIA AREATA
Em resumo, o Ritlecitinib é um imunobiológico capaz de alterar a resposta imune do paciente. Ele inibe a ação de uma enzima chamada Janus quinase (JAK3) no organismo, que está diretamente relacionada com a perda capilar nos casos de alopecia areata.
Segundo estudo publicado, o medicamento apresentou bons resultados durante pesquisas em pessoas com alopecia areata de moderada a grave.
Para o estudo, foram selecionadas pessoas com perda capilar de pelo menos 50% e que já tinham a doença por pelo menos 6 meses e não mais que 10 anos. Cerca de 40% dos voluntários obtiveram resultados significativos na quantidade de cabelos após 24 semanas de uso, atingindo um score de 20% na escala SALT (Severe of Alopecia Tool).
Este índice mede a severidade da alopecia areata. Assim, nessa escala, o SALT 0 corresponde a um cabelo sem falhas e o SALT 100 significa alopecia total.
No entanto, mesmo que o Ritlecitinib não tenha chegado ainda no Brasil, é importante dizer que todo tratamento deve ser prescrito por médico habilitado e seguindo as indicações e individualidades de cada caso clínico.
Afinal, todo medicamento possui efeitos colaterais. No caso do Ritlecitinib, 67% dos pacientes apresentaram um efeito adverso ao longo do tratamento. Entre os efeitos indesejados descritos, os mais comuns foram: dor de cabeça, nasofaringite, acne, náusea e infecção de vias áreas. No entanto, também foram relatados casos de herpes zoster, embolismo pulmonar e câncer de mama.
Portanto, por mais que tratamento nos apresente dados impressionantes de melhora no quadro da alopecia areata, deve ser realizado sob acompanhamento de um médico especializado.
PRINCIPAIS CAUSAS E SINTOMAS DA ALOPECIA AREATA
Os sintomas da alopecia areata são caracterizados pela perda súbita e irregular de cabelo. Geralmente, a perda capilar ocorre no couro cabeludo, mas também pode afetar sobrancelhas, cílios, barba e outras regiões do corpo.
As áreas afetadas têm uma aparência circular, lisa e sem pelos visíveis. Também pode ocorrer da pele nessas áreas parecerem levemente avermelhada ou irritada.
A alopecia areata pode se apresentar de formas diferentes, como:
Localizada: Caracterizada por áreas circulares de perda de cabelo relativamente pequenas no couro cabeludo ou em outras partes do corpo.
Total: Envolve a perda completa de cabelo no couro cabeludo.
Universal: Resulta na perda de cabelo em todo o corpo, incluindo sobrancelhas, cílios e pelos corporais.
Ophiasis: É quando a perda de cabelo ocorre nas bordas do couro cabeludo, formando um padrão semelhante a uma coroa.
É importante ressaltar que a alopecia areata não causa dor ou desconforto físico, mas pode ter um impacto emocional significativo devido à alteração na aparência.
Cada caso pode variar em termos de extensão da perda de cabelo e evolução da condição. Assim, podem ocorrer desde episódios únicos de perda capilar, em que os pacientes se recuperam por si só, até casos mais persistentes ou recorrentes.
Havendo sintomas de queda capilar que tenha esse padrão, a recomendação é para consultar um dermatologista capilar para avaliar, diagnosticar e propor opções de tratamento adequadas.
TRATAMENTOS PARA A ALOPECIA AREATA E NOVAS PERPECTIVAS DE MEDICAMENTOS
O tratamento para a alopecia areata pode variar dependendo da gravidade, extensão da perda de cabelo e das preferências individuais. É importante lembrar que não existe uma cura definitiva, mas existem várias abordagens que podem ajudar a gerenciar a condição e promover o crescimento capilar.
Alguns protocolos de tratamento envolvem:
Corticosteroides Tópicos: Esses medicamentos são aplicados diretamente nas áreas afetadas do couro cabeludo, sobrancelhas ou outras áreas. Dessa forma, ajudam a reduzir a inflamação e a suprimir a resposta imunológica que está atacando os folículos capilares.
Injeções de Corticosteroides: Em casos mais concentrados, os corticosteroides podem ser injetados diretamente no couro cabeludo. Isso é frequentemente usado quando há áreas específicas de perda de cabelo.
Minoxidil: Um medicamento de uso tópico que é geralmente usado para tratar a queda de cabelo hereditária, mas também pode ser eficaz na alopecia areata. Ajuda a estimular o crescimento do cabelo e a prolongar a fase de crescimento do folículo.
Imunoterapia Tópica: Esta opção envolve a aplicação de substâncias irritantes no couro cabeludo para desencadear uma reação inflamatória controlada. Isso pode estimular o crescimento do cabelo, mas o processo pode ser desconfortável.
Terapia com Luz UV: A terapia com luz ultravioleta (UV) pode ser usada para estimular os folículos capilares. No entanto, é um tratamento que requer cuidados supervisionados de um profissional de saúde, devido aos riscos potenciais da exposição excessiva à radiação UV.
Tratamentos Imunossupressores: Em casos graves, medicamentos imunossupressores podem ser prescritos para suprimir a resposta autoimune do corpo. Tais medicamentos requerem monitoramento cuidadoso e são normalmente usados quando outras opções não foram eficazes.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Recentemente foi aprovado nos Estados Unidos um novo medicamento desenvolvido especificamente para tratar a alopecia areata, o Ritlecitinib. Essa notícia traz boas perspectivas bem como novas opções de tratamento aos pacientes.
Além disso, é importante dizer que existem diversos outros estudos em estágios avançados que visam trazer novas possibilidades de tratamento às pessoas com alopecia areata.
Mesmo que o Ritlecitinib ainda não tenha chegado ao Brasil, há opções de tratamento que ajudam a estabilizar a queda e oferecem mais qualidade de vida aos pacientes. Por isso, é importante consultar um médico tricologista especialista para avaliar o seu caso e propor um plano de tratamento que seja adequado às suas necessidades individuais.
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